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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ignorem

 A necessidade de escrever mais uma vez prevalecendo em meu ser, a cada novidade que acontece na minha vida, são coisas cada vez mais estranhas, isso que escrevo é mais um desabafo do que um texto fictício baseado em pensamentos aleatórios que costumo ter.
 Todos os dias tenho mais certeza que de certa forma, a vida não é justa, ela nos impõe situações no minimo constrangedoras, que se não soubermos como lidar, acabamos nos prejudicando e prejudicando outras pessoas.
 Parece que eu tenho um dom, imã, sei lá, pra atrair problemas, e coisas muito complexas, vem pra perto de mim, e isso é tão, irritante ! Tão difícil ser prática e as situações as quais me envolvo sempre tão complexas. Será algo errado comigo ?
 Queria poder resolver tudo, porém certas cosas não dependem só de mim, indecisão é complicado.
 Aquele que não sabe realmente o que quer é capaz de seguir algum caminho ?
 Minha sacolinha deve estar cheia de pedras, com tantas pedras que já perdi a conta.
 To confusa, estressada, doente, e meio perdida (?) Essa publicação não tem sentido.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Deserto

  Ela havia cansado. Cansado de esperar que as pessoas fossem sempre tão boas em suas intenções quanto ela era. Estava exausta de tantas mentiras e falsas promessas. Cansou-se tanto que já não conseguia mais diferenciar a verdade da mentira no olhar do outro. 
 E por mais que tentasse ter esperança no amor, no fundo ela começava a acreditar que ele de fato não existia. A vida não é sempre justa. Ela nos deixa refém, sempre a espera de coisas melhores, que nunca virão. 
 Sabe-se lá se alguém já sentiu justiça nos fatos da vida.
 A verdade é que aquela menina que ainda carregava nos olhos um brilho de esperança e que perdeu esse brilho, aos poucos. E o que ela sempre dizia: "me prove ", confiar apenas nas palavras já não era suficiente, ela agora só acreditava se a provassem. Deve ser por isso que ainda é só.
  Menina mulher que já não tem esperança alguma nos homens. E depois que tantas palavras encharcadas de esperanças foram ditas, ela parece ter secado, e como um deserto, a única coisa que ela pede é água ou lágrimas, para molhar a sua boca.


Laís Cambuí

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A menina

 Vejo uma menina passando pela rua, fitando o chão, como sempre a vejo passar, poucos sabem mas com o tempo ela foi percebendo que é muito diferente das outras pessoas, e essa diferença as vezes é uma coisa boa, mas muitas vezes, não.
 O comodismo é o que a difere, mais especificamente, se acostuma muito fácil com as coisas, se tem uma palavra que pode defini-la é "inesperada". Ela se acostuma com a presença, mas também com a ausência, aprendeu a ser assim, porque sempre esperar reciprocidade das relações humanas começou a cansa-la demais,  ela se desanimou diante da falta de vontade das pessoas de ter relações que fossem realmente importantes.
 Uns podem dizer que ela é assim porque sempre tem alguém que vá atrás .. mas não, queria ela que todos que deixou partir tivessem preferido ficar, hoje não estaria de certa forma, só, vivendo apenas com as lembranças de muitas palavras pensadas e não ditas, lembranças vagas, que sabe que com o passar do tempo vão perder o significado, porque simplismente a vida vai mudar, e ela vai passar a vê-la com outros olhos.
 Ninguém acredita quando ela fala desse seu defeito, o comodismo, dizem até que deixou de importar-se, mas como qualquer pessoa, ela não poderia ir atrás de quem não demonstra querer estar perto, é tão bom quando se tem alguém que você sabe, só pelo olhar que quer ficar.
 Quem a conhece sabe que seu olhar a entrega, sabe que a profundidade das minhas palavras agora não expressam metade do que ela realmente sente. No meio de tantas desilusões, a vida passou a não ser mais tão inesperada como antes, ela passou a ser, de certa forma, mais inesperada que a vida.
 Tão incerta para tudo, tão acostumada a ser deixada, esquecida, que agora as lembranças do que passou parecem tão distantes, parecem até que tudo não passou de um sonho ruim. E mesmo com lágrimas nos olhos a menina ainda se lembrava das promessas que sempre fez pra si mesma, "Vou deixar o tempo passar, não esperarei nada de ninguém, quem quiser voltar, que volte" . Ela confiava no tempo, sabia que ele ia ajeitar as coisas de uma forma que ela também iria se acostumar, pois, como sempre, ela estava acostumada a se acostumar com as mudanças que o tempo fazia em sua vida.
 E com o passar dos dias, meses, anos, a menina virou mulher, e hoje vive com essa diferença de muitos, a comodidade diante das situações que a vida lhe trás, mas no fundo, acredito eu, a menina só espera que alguém mude o que ela sentiu lá atrás, junto com todas as lembranças empoeiradas que ela leva em seu coração. E quanto ao coração dela? Está trancado, e a chave escondida de si mesma, ela não sabe até quando, não sabe se alguém um dia poderia ser capaz de encontrar a chave para ela, mas de que isso importa ? Ela está acostumada a ser só, só ela e seu coração empoeirado e cheio de teias.


Laís Cambuí